Por Acervo Piracanjuba
28 de março, 2024
Alimentação infantil nos primeiros 1000 dias
Confira tudo sobre alimentação infantil na primeira infância, desafios, estratégias alimentares e nutrientes fundamentais
O primeiro alimento do recém-nascido deve ser o leite materno (LM), até os seis meses de idade, devendo sua prática ser incentivada até os 2 anos ou mais.1 de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). após o sexto mês, é recomendada a introdução da alimentação complementar, ou seja, a inserção de todos os alimentos, além do LM.1,2
Os primeiros 1000 dias (da concepção até os 2 anos de idade) é um período de extrema importância onde a nutrição é uma ferramenta fundamental para bom desenvolvimento longitudinal e cerebral adequados.3
Nutrição na primeira infância
De acordo com a SBP e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a primeira infância compreende o período da criança de doze meses até 3 anos de idade (36 meses).1,4 É nesta fase que pode surgir a recusa alimentar, muito frequente no segundo ano de vida, podendo refletir na diminuição do apetite e nas necessidades nutricionais. Por isso, é recomendando estimular o paladar da criança para diversos alimentos, com diferentes preparações, cores, consistências e temperaturas.1
As dificuldades alimentares podem ser passageiras ou seguir pela vida adulta, desta forma, estratégias alimentares são essenciais para introdução de novos alimentos e diminuição no risco de carências de nutrientes.5
Nutrientes fundamentais
Nesta fase, alguns nutrientes como proteínas, ferro, cálcio, vitamina D são fundamentais para o bom crescimento e desenvolvimento.
Quadro 1 - Nutrientes, funções e recomendações diárias
Estratégias para nutrição adequada
Devido a fase estar permeada por alguns desafios alimentares, por exemplo, a recusa de comer algum tipo de alimento, algumas estratégias se fazem necessárias para melhor atingimento das recomendações nutricionais:1
- Estabelecimento de horários para as refeições;
- Porções de refeição de acordo com o grau de aceitação da criança;
- A criança deve estar em ambiente confortável, de preferência à mesa, sem distrações, como por exemplo, a televisão ligada;
- Variar as apresentações, sabores, preparações dos alimentos;
- Quando possível e viável (devido a idade) envolver a criança no preparo da refeição;
- Priorizar a inserção de alimentos naturais e ricos em nutrientes, como vitaminas e minerais;
- Alimentos ricos em gorduras trans e saturadas, devem ser evitados;
- Não oferecer a sobremesa como recompensa para o consumo dos demais alimentos.
Referências Bibliográficas
[1] Manual de Alimentação: orientações para alimentação do lactente ao adolescente, na escola, na gestante, na prevenção de doenças e segurança alimentar / Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Nutrologia. – 4ª. ed. - São Paulo: SBP, 2018. 172 p
[2] Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009. 112 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 23). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf.
[3] Pietrobelli, Angelo et al. “Nutrition in the First 1000 Days: Ten Practices to Minimize Obesity Emerging from Published Science.” International journal of environmental research and public health, v.14,12, p. 1491, 2017.
[4] Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RESOLUÇÃO- RDC Nº 44, DE 19 DE SETEMBRO DE 2011. Dispõe sobre o regulamento técnico para fórmulas infantis de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2011/res0044_19_09_2011.html.
[5] NOGUEIRA, Carlos Alberto; MELLO, Elza Daniel; RIBAS FILHO, Durval; MAXIMINO, Priscila; FISBERG, Mauro. Consenso da Associação Brasileira de Nutrologia sobre o uso de suplementos alimentares para crianças com dificuldades alimentares. International Journal of Nutrology, v. 11, n. S 01, p. S4-S15, 2018.
[6] Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RESOLUÇÃO-RDC Nº 269, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2005/rdc0269_22_09_2005.html#:~:text=Ingest%C3%A3o%20Di%C3%A1ria%20Recomendada%20(IDR)%20%C3%A9,pessoas%20de%20uma%20popula%C3%A7%C3%A3o%20sadia.
[7] Beluska-Turkan, Katrina et al. “Nutritional Gaps and Supplementation in the First 1000 Days.” Nutrients vol. 11, n.12, p. 2891, 2019.
Escrito por
Acervo Piracanjuba
Texto produzido por fontes especializadas, e publicado pela Piracanjuba com fins informativos.
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