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Conteúdo destinado para profissionais e estudantes da área de saúde.
O envelhecimento é processo natural, que não pode ser parado e que tem influência nos diferentes aspectos na vida do indivíduo: físico, metabólico, mental e social. 1
E é por conta de todas essas alterações que podem surgir quadros como a osteoporose, caracterizada por uma perda de massa óssea, e que pode aumentar o risco de fraturas – fato que impacta profundamente na qualidade de vida e autonomia de pessoas na melhor idade. 1
Por isso, garantir um estilo de vida saudável, que inclui a prática regular de atividades físicas é essencial. Da mesma forma, assegurar que o consumo de cálcio esteja dentro das recomendações é igualmente importante, uma vez que esse é um dos minerais mais relevantes quando o assunto é saúde dos ossos na melhor idade.
Conheça a seguir mais sobre as alterações no metabolismo do cálcio e transformações dos ossos em indivíduos com mais de 60 anos – tudo para te ajudar a elaborar uma orientação nutricional adequada que pode ajudar a manter a qualidade de vida desses pacientes.
Cálcio e ossos na melhor idade
As inúmeras alterações que acontecem no metabolismo do idoso podem afetar de maneira significativa a densidade mineral óssea e o metabolismo de cálcio. Conheça aqui mais sobre tais modificações:
Há ainda outro ponto relevante a se considerar: é comum no envelhecimento o surgimento da intolerância à lactose, devido a uma redução na produção da enzima lactase. 4
Assim, com o aparecimento de sintomas como inchaço abdominal e desconforto gástrico, o idoso pode acabar reduzindo ou mesmo excluindo totalmente o consumo de lácteos da alimentação, agravando ainda mais o risco para o desenvolvimento de osteoporose. 4
Osteoporose: risco para a autonomia e para a vida
Todos esses acontecimentos certamente podem ser considerados fatores de risco para o surgimento da osteoporose, condição caracterizada pelo comprometimento da resistência e da qualidade óssea, assim como perda da massa óssea, aumentando assim o risco de fraturas. 5
Estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas tenham osteoporose no Brasil, e 1/3 das mulheres brancas na pós-menopausa ao redor do mundo.5
Além de sua abrangência, essa condição pode ser considerada preocupante por seus impactos na autonomia e expectativa de vida do idoso.
Isso porque uma das principais consequências clínicas da osteoporose são as fraturas, que geralmente ocorrem nas vértebras, punhos e região proximal do fêmur. 5
Em estudos sobre o tema, a prevalência de fraturas vertebrais chegou a atingir 41% de mulheres acima de 65 anos na pós-menopausa. Outras pesquisas demonstram que a ocorrência de fraturas decorrentes da osteoporose aumenta conforme a idade, sendo que a prevalência, que é de 20% em pacientes entre 50 e 59 anos, chega a 82% em pessoas entre 80 e 89 anos. 6
Cálcio na alimentação: como garantir que não falte?
Diante esse cenário, é preciso garantir que, além da prática regular de atividades físicas, o idoso também consiga ingerir a quantidade diária recomendada de cálcio – que a partir dos 51 anos é de 1.200 mg, tanto para homens quanto para mulheres. 7
Assim, algumas estratégias para assegurar esse consumo são:
1) Incluir diferentes tipos de lácteos na alimentação
Para evitar a monotonia alimentar, é interessante revezar o consumo de leite com outros lácteos, como queijos e iogurtes.
2) Incluir ingredientes lácteos em receitas
Também é válido incluir esses alimentos como ingredientes de receitas – tanto salgadas quanto doces.
3) Utilize produtos zero lactose quando necessário
Considerando que a intolerância à lactose é comum dentre o público sênior, a inclusão de produtos zero lactose ajuda a garantir o consumo adequado de cálcio, sem causar nenhum efeito adverso.
4) Considere recomendar produtos contendo whey protein
Uma vez que a perda de massa muscular também é comum entre idosos 1 , e pode afetar a prática de atividades físicas, vale aliar o consumo de cálcio com proteínas em produtos como bebidas lácteas com whey protein.
É essencial que a nutricionista que acompanha o idoso conheça as alterações que acontecem com seu organismo, uma vez que a partir disso, é possível adequar as orientações nutricionais, visando um adequado estado nutricional, assim como uma boa qualidade de vida.
1. Santos ACO, Machado MMO, Leite EM. Envelhecimento e alterações do estado nutricional. Geriatria & Gerontologia. 2010;4(3):168-175.
2. Campos MTFS, Monteiro JBR, Ornelas APRC. Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutrição do idoso. Rev. Nutr. 2000; 13(3): 157-165.
3. Curtis E, Litwic A, Cooper C, Dennison E. Determinants of muscle and bone aging. J Cell Physiol. 2015; 230(11): 2618–2625.
4. Beyer PL. Tratamento médico nutricional para doenças do trato gastrintestinal inferior. In: Mahan KL; Stump ES. Krause alimentos, nutrição & dietoterapia. 12. ed.São Paulo: Roca; 2010. p. 673-706.
5. Guarniero R, Oliveira LG. Osteoporose: atualização no diagnóstico e princípios básicos para o tratamento. Rev Bras Ortop. 2004; 39(9): 477-485.
6. Bandeira F, Carvalho EF. Prevalência de osteoporose e fraturas vertebrais em mulheres na pós-menopausa atendidas em serviços de referência. Rev Bras Epidemiol. 2007; 10(1): 86-98.
7. Institute of Medicine. Dietary reference intakes for calcium, phosphorus, magnesium, vitamin D, and fluoride. Washington (DC): National Academy Press; 1997.
“O MINISTÉRIO DA SAÚDE INFORMA: APÓS OS 6 (SEIS) MESES DE IDADE, CONTINUE AMAMENTANDO SEU FILHO E OFEREÇA NOVOS ALIMENTOS.”
"O MINISTÉRIO DA SAÚDE INFORMA: O ALEITAMENTO MATERNO EVITA INFECÇÕES E ALERGIAS E É RECOMENDADO ATÉ OS 2 (DOIS) ANOS OU MAIS.”